quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Notícias ( fresquinhas , ou não ) .



Escritores assassinos

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á alguns meses a sociedade mexicana estremeceu com a notícia do que foi encontrado no apartamento situado a Mosqueta, 198, na central e valente Colônia Guerrero, bairro da Cidade do México. Ali morava José Luis Calva Zepeda, homem de 37 anos que se intitulava “escritor, dramaturgo e poeta”. Certo é que o homem não passará para a História como o autor de clássicos ou de qualquer cena memorável, mas por ter assassinado Alejandra Galeana, sua namorada, e depois fritar-lhe a carne e devorá-la.
Mas isso não é tudo. A desafortunada Alejandra supostamente não foi a única vítima (e janta) do escritor. Aparentemente, uma antiga noiva e uma prostituta também fizeram parte de sua dieta, o que lhe rendeu o epíteto de “o poeta canibal”.
O escritor e o homicídio
A literatura sempre esteve ligada à hemoglobina e ao crime. Desde obras como Gilgamesh, A Ilíada e A Odisséia, os narradores se esbaldam em destilar estripamentos, decapitações e assassinatos. As tragédias gregas também eram pródigas em sangue: cenas como a automutilação de Édipo (que arranca os olhos) ou a exibição da cabeça de Penteu nas Bacantes serviam para impactar e doutrinar os espectadores.
Talvez o primeiro caso de relação direta entre letras e assassinos tenha sido O assassino, de Thomas de Quincey, tomado como alta literatura. Nessa obra, o autor inglês satiriza as semelhanças entre a criação artística e o crime, propondo uma visão do assassinato para além da moral, a fim de desfrutar a beleza do crime como um ato estético. Para Quincey, existem belos crimes, que podem, sim, ser admirados. Ele exemplifica seu ponto de vista com alguns dos mais famosos crimes da Inglaterra de sua época.
Contudo, não pense que Quincey era um ser amoral, pois, como ele mesmo diz: “Permita-me dizer uma palavra a certos pedantes que se atrevem afirmar que nossa sociedade tem algo de imoral. Imoral! Deus me livre, senhores! O que essas pessoas querem dar a entender? Estou e estarei sempre a favor da moral, da virtude e de tudo isso. Afirmo e afirmarei sempre (aconteça o que acontecer) que o assassinato é uma forma imprópria de atuar, altamente inadequada, e não me importa dizer que todo o homem que comete um assassinato tem um modo de pensar incorreto e princípios equivocados (…) Pois se um homem se deixa tentar por um assassinato, pouco depois pensa que o roubo não tem importância, e do roubo passa à bebida e a não respeitar os sábados e em seguida à negligência dos modelos e ao abandono dos deveres. Uma vez começada essa jornada morro abaixo, nunca se sabe aonde vai parar. Muitos homens começaram sua ruína ao cometer um assassinato de um tipo ou de outro e naquele momento acreditaram que não teria a menor importância”.
Definitivamente, o mais perturbador em O assassino é a desenvoltura com que o homicídio é colocado ao lado da pintura, da literatura e da poesia como um ato capaz de ser apreciado não só em sua execução, mas também em sua contemplação. De Quincey se afunda nesse sentimento mórbido, nessa atração/repulsão doentia que nos provocam o derramamento de sangue, a contemplação de cadáveres e, em si, a crueldade


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      Polícia detém serial  kiler inspirada em Agatha Christie .



A polícia do Irã acredita ter detido a primeira serial-killer mulher do país: uma fã de Agatha Christie. A iraniana de 32 anos, identificada apenas como Mahin, teria se inspirado nos romances policiais da escritora britânica para matar seis pessoas , cinco delas mulheres - inclusive a própria tia. Não foi revelado, no entanto, qual das histórias da Rainha do Crime serviu de base para a assassina.

Agatha Christie De acordo com a polícia de Qazvin (a 160 quilômetros de Teerã), o método da acusada era simples: Mahin oferecia carona para as vítimas após pegá-las em templos durante a reza. Já dentro de seu Renault amarelo, oferecia-lhes suco de frutas com anestésico, para então sufocá-las, roubá-las e se desfazer de seus corpos. Umas das vítimas, após recobrar a consciência, teria sido espancada até a morte com uma barra de ferro.

Mahin teria admitido o assassinato de quatro mulheres entre janeiro e maio deste ano, todas na faixa de 50 a 70 anos. "Em suas confissões, Mahin disse que tem adotado padrões dos livros de Agatha Christie e tem tentado não deixar rastro de si mesma", contou o promotor de Qazvin, Mohammad Bager Olfat, à imprensa local.

Com tantos cuidados na hora de cometer os assassinatos, Mahin foi encontrada devido a uma infração bem mais leve, no trânsito. Uma mulher de 60 anos, após ter supostamente escapado de Mahin, havia descrito o Renault à polícia, que associou essas informações a registros de um recente acidente de carro - cometido por Mahin. No Irã, o assassinato é punido com enforcamento.

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                  Estrangulador de Southland

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O caso lembra um seriado de TV de sucesso, Cold Case, sobre policiais que investigam crimes antigos na cidade de Filadélfia, EUA. A polícia de Los Angeles, na Califórnia, prendeu no início do mês passado um homem que pode ser um dos piores serial killers da história americana.
John Floyd Thomas Júnior, hoje com 72 anos, teria estuprado e matado pelo menos 30 mulheres desde 1955. Até sua prisão, em 2 de abril, ele trabalhava na área de seguros, mas agora está sendo chamado pela polícia de o “Estrangulador de Southland”, região do condado de Los Angeles onde os crimes ocorreram. Por enquanto, Thomas só foi acusado formalmente de dois assassinatos, um em 1972 e outro em 1976, mas é provável que os promotores acrescentem novos casos no dia 20 de maio, quando ele será apresentado à Justiça.
Ironicamente, Thomas já havia sido preso diversas vezes entre 1955 e 1978 por crimes sexuais menores e roubos, mas nunca tinha sido ligado aos homicídios do Estrangulador de Southland, devido às deficiências da tecnologia de investigação policial na época. Agora, graças a exames de DNA, foi apontado como responsável pelos homicídios de 1972 e 1976.
– Ainda há muito para descobrir sobre os crimes dele – disse o chefe de polícia de Los Angeles, William Bratton.
Para o americano Bob Kistner, é como se tivesse se livrado de um peso de décadas. Ele recém havia entrado na polícia, em 1976, quando sua tia-avó Maybelle Hudson, 80 anos, foi espancada, estuprada e morta, em Inglewood. Trinta e três anos depois, recém-aposentado como sargento da polícia, ele recebeu um telefonema dizendo que Thomas havia sido acusado pelo crime.
– Eu esperei minha carreira inteira por este telefonema – lembrou Kistner.
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Serial Ghost?

A polícia alemã admitiu nesta quinta-feira que uma “criminosa” que estava sendo procurada pelas autoridades há mais de 15 anos pode nunca ter existido.
Conhecida como “a mulher sem face”, ela era descrita pela polícia como a “mulher mais perigosa da Alemanha”. Investigações conectavam a mulher a seis assassinatos e uma morte suspeita, com base em traços de DNA encontrados nas cenas dos crimes. A polícia, no entanto, admitiu agora que os pedaços de algodão usados para coletar as amostras de DNA poderiam estar contaminados por uma mulher inocente. A contaminação pode ter acontecido durante o processo de fabricação.
A polícia suspeitava que a mulher – cujo nome era ignorado – seria uma “serial killer” que havia matado seis pessoas, entre elas um aposentado, que foi estrangulado. A suspeita também era conhecida como “o fantasma de Heilbronn”, em referência a uma cidade no sul da Alemanha onde ela supostamente teria matado uma policial.
A conclusão de que os crimes teriam sido cometidos por uma serial killer foi baseada em traços idênticos de DNA encontrados em 40 cenas de crimes espalhadas pelo sul da Alemanha e Áustria. Depois de encontrar o DNA da “suspeita” na cena do assassinato de uma policial de 22 anos, em Heilbronn, em 2007, a polícia ofereceu uma recompensa de 300 mil euros por informações que pudessem levar à sua prisão. A polícia, no entanto, nunca chegou perto de identificar a suspeita.
De acordo com os promotores da cidade de Saarbruecken, as dúvidas a respeito da existência da “assassina fantasma” começaram a ser levantadas quando seu DNA foi encontrado nos documentos de uma pessoa que havia morrido em um incêndio. Quando a polícia tentou identificar a vítima pela primeira vez, encontrou o DNA da “fantasma” na carteira de identidade da pessoa morta. Em um segundo teste, no entanto, o DNA não foi encontrado no documento. Foi neste momento que os investigadores começaram a suspeitar que o próprio material que estava sendo usado nos testes poderia estar contaminado.
A polícia do Estado de Baden-Wuerttemberg está investigando agora se os pedaços de algodão usados para coletar as amostras podem ter sido contaminados com DNA antes de serem empacotados. Milhares de pedaços de algodão estão sendo testados e os trabalhadores das empresas empacotadoras estão fornecendo amostras de DNA para as investigações.
O ministro da Justiça do Estado de Baden-Wuerttemberg, Ulrich Goll, afirmou acreditar que o caso agora foi encerrado. Ele disse que o DNA encontrado nas cenas dos crimes foi provavelmente contaminado na fábrica. “Isto não deveria ter acontecido”, afirmou Goll, em uma entrevista a uma emissora de rádio. “Os investigadores não podem receber a culpa. Eles não poderiam saber que o algodão estava contaminado”.
Já o ministro de Interior do Estado, Heribert Rech, afirmou que prefere esperar que as investigações terminem antes de tirar conclusões. “Conclusões precipitadas podem levar a enganos”, disse. O presidente do sindicato dos oficiais de polícia de Baden-Wuerttemberg, Josef Schneider, também afirmou que prefere esperar que os resultados das investigações sejam divulgados.
Schneider, no entanto, afirmou que “se o DNA realmente pertencer a uma mulher que trabalha na fábrica, isto vai ser muito embaraçoso”.
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